Foi registrado na última quarta-feira, dia 17 de setembro, na cidade de Nova Délhi, capital da Índia, o falecimento do elefante Shankar. O animal ficou internacionalmente conhecido pela alcunha de o elefante mais solitário do mundo, por ter vivido os últimos 13 anos de sua vida em completo isolamento.
Com efeito, o animal tinha apenas 29 anos de idade no momento de seu óbito. De acordo com especialistas, essa faixa etária é considerada o auge físico para os animais de sua espécie, representando um período de plena capacidade reprodutiva.
As circunstâncias e a apuração do óbito
De acordo com os funcionários do zoológico onde Shankar residia, o animal teria se recusado a se alimentar por um período. Após essa recusa, ele foi encontrado já sem vida em seu recinto. Ainda assim, as causas exatas de seu falecimento permanecem desconhecidas.
Diante da incerteza, uma investigação oficial foi iniciada para determinar as razões que levaram à morte do paquiderme. Conforme noticiado pelo portal Daily Mail, o procedimento de apuração buscará esclarecer todos os fatos relacionados ao ocorrido.
A origem e a trajetória de Shankar
A história do animal no país asiático teve início no ano de 1998, quando Shankar foi oferecido como um presente do Zimbábue ao então presidente indiano, Shankar Dayal Sharma. Naquela época, ele chegou à Índia acompanhado de outro elefante, que, contudo, veio a falecer no ano de 2001.
Após a perda de seu companheiro, foram feitas tentativas de integrar o elefante a outros grupos de animais da mesma espécie. Contudo, os encontros resultaram em comportamento agressivo entre os animais, o que forçou o retorno de Shankar ao regime de isolamento.
O contexto do isolamento do animal
A situação do animal se agravou a partir do ano de 2012, quando ele foi transferido para um cativeiro com um grau de isolamento ainda maior. Essa condição gerava manifestações e reivindicações por parte de entidades de defesa dos animais, especialmente por conta de uma lei federal vigente na Índia.
Essa proibição legal se baseia no fato de que os elefantes são considerados animais extremamente sociais, que vivem em bandos na natureza. Portanto, a legislação do país proíbe que a espécie seja mantida em isolamento por um período superior a seis meses, uma vez que tal condição não é condizente com o seu bem-estar.
