Homem apontado como líder de invasão ao hospital é executado

A principal linha de investigação indica retaliação pela grande repercussão do episódio que ocorreu na unidade de saúde.

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O homem apontado como líder da invasão ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, foi morto na noite de sexta-feira (19), em Paciência, Zona Oeste do Rio.

Identificado como Erlan Oliveira de Araújo, o Orelha, ele foi atingido por tiros e encontrado com um colete que imitava a identificação da DRACO. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de retaliação pela repercussão do ataque ao hospital.

A invasão ocorreu na madrugada de quinta-feira (18), quando oito homens encapuzados e armados entraram no hospital em busca de Lucas Fernandes de Sousa, o Japa, ferido no abdômen. Eles renderam seguranças e seguiram até o centro cirúrgico, mas o paciente já havia sido transferido. A ação paralisou o atendimento e gerou pânico em profissionais e pacientes.

Investigação e retaliação no caso Hospital Pedro II

Segundo a Polícia Civil, Erlan já estava sendo monitorado desde a invasão. Seu corpo foi periciado pela Delegacia de Homicídios, que investiga a participação de milicianos na execução. Para o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, a morte representaria uma forma de reduzir a exposição policial causada pelo episódio. O colete apreendido será analisado para confirmar se foi usado na invasão.

Lucas Japa, também ligado a milícias, foi preso em 2019 por extorsão e atividades ilegais na região, mas cumpre pena em liberdade condicional. Já Erlan tinha passagens anteriores, incluindo prisão em flagrante em 2017 por porte de pistola e acessórios de uso restrito. Ambos eram apontados como integrantes de grupos criminosos da Zona Oeste.

Próximos passos e buscas por envolvidos na invasão

A Polícia Civil segue na busca pelos autores da invasão e pela execução de Erlan. As diligências incluem rastreamento de rotas de fuga e apreensão de armas. Segundo a Secretaria de Segurança, houve pedido de reforço no hospital quando Lucas foi internado, mas não há confirmação se havia patrulha no local durante o ataque. A corporação reforçou que as investigações continuam até a identificação de todos os envolvidos.