O tenente da Polícia Militar Henrique Otávio Velozo, acusado de assassinar o multicampeão de jiu-jitsu Leandro Lo em agosto de 2022, foi oficialmente demitido nesta segunda-feira (22). A decisão, publicada no Diário Oficial de São Paulo, cumpre determinação do Tribunal de Justiça Militar, que em junho já havia ordenado a perda do posto e da patente do policial.
O crime ocorreu durante um show de pagode no Clube Sírio, na Zona Sul da capital, quando uma discussão terminou em disparo contra Lo, atingido na cabeça. Desde o episódio, Velozo está preso preventivamente no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. Até agora, ele recebia mensalmente R$ 14,6 mil, valor que só foi cortado com a demissão oficial.
Júri adiado e versão da defesa
Apesar da expulsão da PM, o julgamento criminal de Velozo segue em aberto. O júri popular, inicialmente previsto para agosto, já foi adiado duas vezes após embates entre advogados de defesa e promotores no Tribunal Criminal da Barra Funda. A nova data foi marcada para os dias 12, 13 e 14 de novembro.
A defesa sustenta que o tenente teria agido em legítima defesa, alegando que Leandro Lo o teria provocado e agredido antes do disparo fatal. Já o Ministério Público pede condenação por homicídio doloso triplamente qualificado, com pena mínima estimada em 20 anos de prisão.
Família cobra justiça sem mais adiamentos
A família do lutador vem criticando duramente os sucessivos adiamentos e exige justiça rápida e exemplar. Para eles, cada atraso representa mais sofrimento diante da perda irreparável de um dos maiores nomes do jiu-jitsu mundial.
