Caso Madeleine McCann: em liberdade, suspeito diz ter provas que podem esclarecer o caso

Gerente de loja relata conversa com suspeito durante compra de celular; The Sun cita temor por segurança

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Christian Brueckner, apontado desde 2018 como principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine McCann, afirmou possuir informações capazes de elucidar o caso ocorrido em 2007.

A declaração, segundo o jornal britânico The Sun, foi feita enquanto ele tentava comprar um celular após ter sido liberto. O episódio levantou a hipótese de um plano de fuga e, ao mesmo tempo, indicou que o investigado estaria preocupado com a própria segurança. As novas alegações reapresentam seu nome no centro das apurações conduzidas por autoridades europeias.

Quem relatou a conversa foi o gerente da loja onde Brueckner esteve, Farouk Salah-Brahmin, citado pelo portal Monet. De acordo com o comerciante, o suspeito mencionou ter elementos que encerrariam a controvérsia em torno do desaparecimento da menina britânica. “Não sei se é o caso McCann, mas ele disse que tinha provas que poderiam pôr fim ao escândalo do século”, relatou.

Em seguida, detalhou que o cliente falou sobre arquivos digitais e sugeriu conhecer detalhes sensíveis do episódio. “Ele disse algo sobre pendrives. Pela maneira como ele disse, ele devia estar se referindo ao caso Madeleine McCann. Do que mais ele poderia estar falando? Pareceu-me que ele fazia parte de algo mais amplo. Algo de que ele claramente tinha conhecimento. Alguma rede ou algo assim, talvez (…) está claro que ele sabe muito mais do que vinha contando à polícia”, prosseguiu o comerciante.

Suspeito do caso Madeleine McCann diz ter provas e cita pendrives

Segundo os relatos, Brueckner teria indicado que os materiais a que se refere poderiam, simultaneamente, inocentá-lo e implicar outras pessoas ligadas ao episódio. O The Sun atribuiu às suas atitudes e à tentativa de adquirir um novo aparelho telefônico sinais de temor por ser localizado, enquanto manifestava receio de sofrer retaliações. Embora não haja confirmação oficial do conteúdo desses supostos arquivos, a menção a pendrives e as declarações publicadas pelo lojista reforçam que o suspeito afirma deter documentação relevante sobre o caso.

As declarações surgem em meio a um cenário de apurações que inclui depoimentos de autoridades europeias e diligências na Alemanha. O ex-ministro da Justiça da Bélgica, Marc Verwilghen, afirmou ter emitido alerta a forças policiais do continente sobre a existência de uma organização internacional dedicada ao sequestro de crianças, na mesma época em que Madeleine desapareceu. Paralelamente, a polícia alemã localizou um esconderijo associado a Brueckner, no qual apreendeu um computador e mídias de armazenamento com relatos sobre sequestros infantis e conversas com outros indivíduos investigados por crimes de natureza sexual.

Investigações na Alemanha e alertas europeus sobre sequestro de crianças

Além do material digital, agentes também encontraram trajes de banho, brinquedos infantis, armas e produtos químicos, itens que, segundo a investigação, estavam enterrados sob o cadáver do animal de estimação do suspeito. Brueckner permanece como alvo central do inquérito desde 2018 e, conforme os relatos recentes, afirmou temer por sua integridade pessoal.

Os registros sobre sua ida à loja, divulgados pelo The Sun e repercutidos pelo portal Monet com o depoimento de Farouk Salah-Brahmin, acrescentam novos elementos ao histórico do caso. As autoridades não informaram, até o momento, se os supostos pendrives mencionados pelo comerciante foram localizados ou analisados oficialmente.