A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na quarta-feira (24), o inquérito sobre o homicídio ocorrido em 13 de julho, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima, um homem de 28 anos, teve a vida tirada em uma residência no bairro Campos Elíseos. A principal investigada é Fernanda Barbosa Lima, 37, indiciada por homicídio qualificado pela forma cruel. Segundo a investigação, ela mantinha um relacionamento de cerca de duas semanas com o homem e confessou o crime durante depoimento.
De acordo com a PCMG, o corpo foi encontrado no dia seguinte ao crime, dentro do imóvel, com múltiplos ferimentos. O laudo pericial registrou 18 golpes de faca, desferidos com duas armas distintas, além de duas marcas de mordida. A perícia, ainda segundo o inquérito, confirmou a dinâmica que sustenta a qualificadora por crueldade. A autoria indicada pela polícia baseou-se na confissão, nas evidências no local e nos elementos periciais.
Perícia da PCMG detalha 18 golpes e mordidas
A investigação reuniu depoimentos e exames técnicos para reconstituir o ocorrido. Conforme a PCMG, a suspeita relatou que vinha se sentindo sufocada pela convivência com o parceiro, motivação apresentada por ela ao admitir a prática do crime. O laudo apontou o uso de duas facas e a presença de mordidas, compondo o conjunto de indícios sobre a forma de execução. O material foi anexado ao procedimento concluído e fundamentou o indiciamento por homicídio qualificado.
A suspeita foi presa em 1º de agosto, durante abordagem no Viaduto Santa Tereza, região central de Belo Horizonte. Segundo a polícia, ao ser identificada, ela tentou se passar por outra pessoa e resistiu à detenção, chegando a retirar as roupas no local. Agentes empregaram técnicas de contenção para concluir a captura. A PCMG informa que, com o inquérito finalizado, o caso segue o trâmite legal junto às autoridades competentes.
Histórico no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo
Registros levantados pela investigação apontam que Fernanda Barbosa Lima já havia tirado a vida de um companheiro no Rio Grande do Sul e tentado tirar a vida de outro no Espírito Santo. Esses antecedentes foram relacionados no inquérito para contextualizar o histórico da investigada. No caso de Betim, a PCMG indica que a relação entre suspeita e vítima durava cerca de duas semanas quando o crime ocorreu. O procedimento policial, concluído na quarta-feira (24), indiciou a suspeita por homicídio qualificado pela forma cruel, após a análise de laudos, depoimentos e demais provas colhidas.