O assassinato brutal de três jovens transmitido ao vivo em uma rede social abalou a Argentina na última quinta-feira (25), levando a pelo menos 12 prisões. As autoridades investigam o caso como uma punição mafiosa ligada ao tráfico de drogas, marcada por cenas de extrema violência.
Na quarta-feira, foram encontrados os corpos de Morena Verdi, de 20 anos, Brenda Del Castillo, 20, e Lara Morena Gutiérrez, 15, enterrados em uma residência no sul de Buenos Aires. Elas estavam desaparecidas havia cinco dias.
O crime comoveu o país e mobilizou organizações feministas e de direitos humanos que exigem justiça imediata. A repercussão ganhou força nacional com o avanço da investigação e as revelações sobre a transmissão da tortura.
Prisões e investigação em andamento
O ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Javier Alonso, afirmou que as jovens subiram voluntariamente em uma caminhonete na noite de sexta-feira, em La Tablada, acreditando que iriam a um evento. No entanto, tratava-se de uma emboscada preparada por uma organização transnacional do narcotráfico.
Quatro suspeitos foram detidos inicialmente após a descoberta dos corpos em Florencio Varela, na periferia sul da capital. Com o avanço das buscas, o número de presos subiu para 12, segundo a imprensa local.
Transmissão do crime e reação pública
As jovens foram submetidas a uma sessão de tortura e assassinato transmitida em redes sociais, acompanhada por pelo menos 45 pessoas em uma conta privada do Instagram. Durante a transmissão, o líder do grupo teria dito que o ato era uma punição para quem roubava drogas.
As vítimas tinham vínculos com membros da organização criminosa no bairro Flores, em Buenos Aires, mas o motivo exato do ataque ainda está sob investigação. Um mandado de prisão foi emitido contra o suposto chefe do grupo, conhecido como Pequeño J ou Julito, de 23 anos.
