Umberto Alberto Gomes, 39 anos, suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morreu nesta terça-feira (30) em confronto com policiais civis de SP e do Paraná em São José dos Pinhais.
Considerado possível atirador, ele tinha prisão decretada e foi localizado após diligências no Paraná. Segundo a polícia, resistiu à abordagem e acabou baleado.
Confronto e investigação
A identificação de Gomes ocorreu por impressões digitais em imóvel usado pela quadrilha no litoral paulista. As equipes monitoraram sua movimentação até o conjunto habitacional onde ocorreu a troca de tiros. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, confirmou o confronto e ressaltou que os policiais não ficaram feridos.
Ruy Ferraz foi morto em 15 de setembro, em Praia Grande, após ser seguido, colidir o carro e ser alvejado por criminosos. Com mais de 40 anos de carreira, comandou a Polícia Civil entre 2019 e 2022 e, mais recentemente, atuava como secretário em Praia Grande. A investigação aponta ligação do crime com o combate ao crime organizado, sobretudo ao PCC.
Prisões e foragidos
Até agora, quatro pessoas foram presas, entre elas Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar, e Luiz Henrique Batista, o Fofão, acusados de dar apoio à quadrilha. Outros três permanecem foragidos, incluindo Felipe Avelino, o Mascherano, e Flávio Henrique Ferreira, identificados por vestígios genéticos em veículos usados no ataque.
O DHPP também investiga a participação de Fernando Gonçalves dos Santos, o Azul, apontado como liderança do PCC. As polícias de SP e PR seguem atuando em conjunto para localizar os foragidos e esclarecer a motivação, que pode estar relacionada tanto à trajetória de enfrentamento de Ruy quanto ao cargo que ocupava na gestão municipal.