Após piada infeliz, Sérgio Moro poderá ser preso e ter triste fim na política; entenda

Supremo Tribunal Federal formou maioria e rejeitou recurso interposto por senador Sérgio Moro.

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar o recurso do senador Sergio Moro (União-PR) e manter a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de caluniar o ministro Gilmar Mendes. O julgamento ocorre no plenário virtual e deve se estender até 10 de outubro.

A relatora, ministra Cármen Lúcia, foi acompanhada pelos demais ministros da Turma, consolidando a maioria para transformar Moro em réu. O caso teve início após o Ministério Público Federal (MPF) apontar que o ex-juiz atribuiu falsamente a Gilmar Mendes a prática de corrupção passiva.

A festa junina que virou caso de Justiça

O episódio ocorreu em 2022, durante uma festa junina, quando Moro foi filmado dizendo que um habeas corpus poderia ser comprado de Gilmar Mendes. O vídeo, gravado por terceiros, viralizou nas redes sociais e gerou forte repercussão.

Em junho de 2024, a PGR defendeu que o senador agiu com o propósito de macular a imagem e a honra objetiva do ministro, tentando descredibilizar sua atuação no STF. Caso condenado a mais de quatro anos de prisão, Moro poderá perder o mandato parlamentar.

Defesa fala em piada infeliz e vídeo editado

A defesa, representada pelo advogado Luís Felipe Cunha, argumenta que o ex-juiz não teve intenção de ofender e que a fala foi apenas uma “piada infeliz” tirada de contexto. Segundo ele, o vídeo teria sido editado de forma maldosa. O julgamento também envolve o ministro Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, que teve atritos históricos com Moro na Lava-Jato.