Um ônibus de turismo que levava 55 estudantes de Vacaria para uma visita ao Palácio Piratini pegou fogo na tarde de sexta-feira (3) no Centro Histórico de Porto Alegre. O veículo se enroscou em cabos de energia na Rua Espírito Santo e, em seguida, colidiu com carros estacionados.
As imagens gravadas dentro do ônibus mostram o momento em que surgem as primeiras chamas e o pânico entre os passageiros. O Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar controlaram o incêndio, evitando uma tragédia.
Após prender-se nos cabos, o ônibus perdeu o controle e atingiu dez veículos ao longo da via. A fumaça e o fogo se espalharam rapidamente, alcançando a fachada de um prédio, que precisou ser evacuado. Moradores receberam atendimento médico por inalação de fumaça, mas não houve feridos graves, segundo os bombeiros. O incidente mobilizou diversas equipes de emergência e isolou uma das regiões mais movimentadas da capital.
Atendimento e atuação dos bombeiros
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 12 pessoas foram atendidas por socorristas, sem registro de hospitalizações graves. O trabalho das equipes envolveu o resfriamento do veículo, evacuação de áreas próximas e controle de riscos de novos focos. O grupo de adolescentes foi retirado em segurança e, após o susto, recebeu assistência médica e psicológica. A EPTC informou que o ônibus não fazia parte do sistema de transporte público da cidade.
O motorista relatou ter perdido o controle após uma falha nos freios, o que levou ao contato com os cabos e à sequência de colisões. O chamado de emergência foi registrado às 16h11, e o local permaneceu isolado para o trabalho de rescaldo e avaliação estrutural. A Brigada Militar e os bombeiros atuaram até o fim da noite, monitorando possíveis riscos elétricos.
Bloqueios e início da investigação
A EPTC bloqueou trechos das ruas Demétrio Ribeiro e Espírito Santo, orientando desvios nas vias próximas. A Delegacia de Delitos de Trânsito abriu investigação para apurar as causas do incêndio, incluindo falha mecânica, pane elétrica e condições da via. Técnicos farão a perícia no trajeto e nos veículos danificados. A liberação completa das ruas depende da conclusão dos laudos e da retirada dos carros atingidos.