Grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) realizaram nesta terça-feira (7) uma “caminhada pela anistia” em Brasília, pedindo o perdão do ex-presidente e de outros condenados por tentativa de golpe de Estado. O protesto percorreu a Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, e um detalhe chamou a atenção, o número reduzido de manifestantes.
“Nós sabemos que é uma terça-feira… quisemos mandar uma mensagem através dos olhos do brasiliense”, afirmou um dos organizadores do alto de um trio elétrico.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, discursou prometendo vitória próxima. “Não tem sido fácil, mas não vamos baixar a cabeça. Estamos a um passo de conseguir aprovar essa anistia”, declarou.
Malafaia desafia artistas e debocha de atos da esquerda
Entre os apoiadores estava o pastor Silas Malafaia, investigado pela PF, que convocou os fiéis para o ato e ironizou os protestos da esquerda com artistas famosos. “Os artistas são as famílias das pessoas injustiçadas”, afirmou em vídeo. Ele e aliados reconheceram que o evento não buscava rivalizar com as grandes manifestações recentes contra a anistia.
Apesar do público modesto, o grupo tentou mostrar força política em Brasília. Organizado em plena terça-feira, o ato buscou influenciar deputados às vésperas da votação da proposta. A estratégia é pressionar o Congresso e manter viva a narrativa de perseguição política contra o ex-presidente, transformando o tema da “anistia a Bolsonaro” em bandeira eleitoral para 2026.
Lula ganha terreno enquanto anistia perde força
Nos bastidores, cresce a chance de aprovação de um projeto mais brando, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que prevê apenas redução de penas, o que manteria Bolsonaro preso. Para piorar o clima entre os bolsonaristas, Lula conseguiu reabrir diálogo com Donald Trump, minando o apoio internacional que o ex-presidente esperava.
