Técnica de enfermagem confessa assassinatos com veneno e detalha crimes: ‘Ajudei uma amiga a matar o pai’

Ana Paula teria matado quatro pessoas e testava veneno em animais antes de aplicar nas vítimas.

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A técnica de enfermagem Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, presa na terça-feira (7), confessou à Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) ter sido responsável pela morte de quatro indivíduos utilizando veneno. Ela ganhou notoriedade como a autora da feijoada assassina após envenenar o prato que tirou a vida de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos. Nesse crime, Ana Paula contou com a ajuda da filha da vítima, Michele Paiva da Silva, de 42 anos, e as duas foram detidas na Baixada Fluminense.

Segundo o portal Metrópoles, Ana Paula admitiu que sua prática era misturar veneno em alimentos, como comidas e sobremesas, e que, em certas ocasiões, tentava incriminar outras pessoas. Em seu depoimento, ela deu detalhes perturbadores sobre um dos assassinatos. “Ajudei uma amiga a matar o pai. Discuti com ele e pedi para as crianças irem para o quarto. Ele foi na frente e sentou no sofá; então eu me aproximei e desferi uma facada na axila”, declarou Ana.

Outros supostos crimes de Ana Paula

A investigação policial indica que a técnica de enfermagem é responsável pela morte de pelo menos três outras pessoas: um ex-namorado que era policial militar, um morador de Guarulhos (SP) e um tunisiano com quem ela tinha um relacionamento. O corpo de Neil, que teve a morte inicialmente registrada como natural, passará por exumação para comprovar se houve envenenamento.

Ana Paula é uma psicopata fria e calculista?

O delegado Halisson Ideiao, que chefia a investigação, afirmou que a suspeita, Ana Paula, exibe características de psicopatia e demonstrou total frieza ao relatar os assassinatos. Em entrevista ao Metrópoles, o delegado revelou que a mulher testou a substância tóxica em dez cachorros antes de usá-la nas vítimas humanas.

As autoridades encontraram na casa dela terbufós, um agrotóxico extremamente venenoso, com propriedades semelhantes ao chumbinho. Os investigadores concluíram que Ana Paula, que também cursava Direito, empregava seu conhecimento em saúde para calcular exatamente as doses fatais, indicando que ela ‘matava por prazer e controle’.