Essa semana ficou marcada pela dinâmica da mochila maluca, prática que se tornou habitual nas escolas brasileiras e caminha para virar tradição. O desafio que envolve as crianças e pais no objetivo de montar o acessório de carregar materiais escolares costuma surpreender, mas um aluno da rede municipal de Ouro Preto do Oeste (RO), redefiniu tudo o que já foi visto até hoje.
Para ser diferente de todos os coleguinhas, o pequeno Artur Santos, de 8 anos, chegou à escola para o Dia da Mochila Maluca com uma mochila no formato de caixão. O item na cor branca foi construído de papelão, e ficou semelhante a uma urna funerária, incluindo crucifixo, as alças e até mesmo uma boneca aparece no interior da urna. O motivo, no entanto, arrancou risos. Os familiares do aluno são proprietários de uma funerária na cidade. Bela jogada de marketing, não é mesmo?
A ideia veio do menino
Em entrevista ao G1, a mãe do menino, Darelle Santos, revelou que a decisão de construir uma mochila representando um caixão partiu do próprio garoto, tendo objetivo de homenagear o pai, que é um exemplo para Artur. Apesar de relutarem em um primeiro momento, os familiares concordaram com a ideia.
“Ele sempre comenta sobre o pai dele, que ele quer ser como pai, que quer ser dono de funerária. Infelizmente, o pai dele se envolveu num acidente de trânsito e não resistiu. E, querendo ou não, com o passar do tempo, o Arthur sente muito isso“, disse a mãe do garoto.
A origem e a importância
O Dia da Mochila Maluca se inspira na tradição iniciada nos Estados Unidos, e tem como objetivo ser uma forma de expressão que desperta a criatividade das crianças e proporciona um momento de interação especial com os pais, em meio ao cenário de rotina árdua, sendo assim uma válvula de escape.
Neste clima de diversão e aprendizado, a dinâmica de berço norte-americano também acabou se estendendo para outros segmentos no Brasil como o Cabelo Maluco e a Meia Maluca, que também costumam surpreender nos modelos pra lá de diferentes e absurdamente criativos.