A polícia de São Paulo segue investigando o assassinato do empresário Adalberto Amarílio Júnior, encontrado morto em junho deste ano nas dependências do Autódromo de Interlagos. Para tentar elucidar o caso, as autoridades estão utilizando um equipamento israelense de alta tecnologia capaz de recuperar dados de celulares e computadores, recurso que pode ser decisivo para apontar os responsáveis pelo crime.
O software Cellebrite, adquirido por mais de R$ 11 milhões, permite extrair informações de aparelhos bloqueados, como mensagens apagadas, registros de ligações, fotos, vídeos e até localização. Ao todo, 15 celulares e três computadores estão sendo analisados. Os dispositivos pertencem à vítima, a um amigo dela, a sete seguranças e a dois produtores do evento de motociclismo que acontecia em Interlagos no dia do desaparecimento.
Desaparecimento e morte
Adalberto foi visto pela última vez em 30 de maio, durante um festival de motos. Três dias depois, em 3 de junho, o corpo dele foi encontrado dentro de um buraco de três metros de profundidade por 70 centímetros de diâmetro em uma área em obras no autódromo. Próximo ao corpo estava o capacete que ele usava, mas a câmera acoplada, com a qual teria gravado o evento, não foi encontrada.
As circunstâncias da morte levantam dúvidas entre os investigadores, que ainda não identificaram a autoria nem a motivação do crime. A expectativa é que a análise dos dispositivos revele conversas ou movimentações que ajudem a esclarecer o que aconteceu nas horas seguintes ao desaparecimento.
Resposta é aguardada
Enquanto isso, familiares e amigos aguardam respostas. O caso, que ganhou grande repercussão, segue sem solução definitiva. A Polícia Civil mantém a investigação em sigilo e espera concluir os relatórios técnicos com o auxílio do equipamento israelense nas próximas semanas.
