‘Me envenenaram’: designer perde a visão após beber caipirinha com metanol em São Paulo

Radharani Domingos relatou ter ficado cega após ingerir três caipirinhas contaminadas.

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O que deveria ser um momento de festa transformou-se no início de um grave sofrimento para a designer de interiores Radharani Domingos. Ela foi severamente intoxicada por metanol após ingerir apenas três caipirinhas em um estabelecimento de São Paulo.

Em entrevista ao Fantástico, Radharani descreveu como os sintomas surgiram de maneira repentina e alarmante. “Acordei passando mal. Eu achava que ia ver minhas paredes, mas só tateava”, revelou ela, indicando a perda da visão. Sua irmã, Lalita Domingos, presenciou a rápida piora do quadro, relatando que Radharani estava desorientada, com a visão embaçada e em constantes episódios de vômito.

Suspeita inicial

É importante salientar que, no início, a intoxicação por metanol não foi a primeira hipótese. Inicialmente, os médicos consideraram diagnósticos mais comuns, como mal-estar geral, burnout, crise de pânico ou até mesmo um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A presença da substância tóxica só foi cogitada e, posteriormente, confirmada à medida que a condição de Radharani piorava. O metanol, um tipo de álcool industrial extremamente venenoso, causou uma sequela permanente na paciente: a perda total da visão.

Diagnóstico e recuperação

Apesar de o diagnóstico indicar uma perda visual definitiva, Radharani optou por começar um tratamento alternativo. Embora essa abordagem ainda esteja em fase de estudo e não possua uma sólida comprovação científica, ela segue protocolos utilizados em situações de emergência em outros países.

Enquanto lida com o prognóstico, a designer enfrenta a difícil jornada de se adaptar à cegueira e está no processo de reaprender a realizar tarefas que antes eram feitas de forma automática.“Coisas que eram automáticas agora exigem aceitação”, desabafou a vítima, referindo-se aos desafios diários, como tomar banho ou preparar uma xícara de café.“A revolta nesse momento é tentar entender por que estão adulterando a bebida. Me envenenaram e estão envenenando outras pessoas. É revoltante você pedir caipirinha e tomar metanol”, desabafou.