Um evento em comemoração ao Dia das Crianças, que aconteceu neste domingo (12) no bairro de Pirajá, em Salvador, foi marcado por um desentendimento. Um membro da Polícia Militar foi filmado por moradores da Rua Baixa da Fonte agredindo uma mulher com um tapa no rosto.
O vídeo captura o instante em que a mulher joga uma lata de bebida na direção de três agentes. Na sequência, um dos policiais se aproxima para confrontá-la. Apesar das tentativas de vizinhos e até de uma criança de interromper a altercação, o militar desfere a agressão contra a mulher.
Ao notar que estava sendo gravado, o policial ainda tentou alcançar a pessoa que registrava o ocorrido, mas foi impedido por um colega. O episódio se espalhou rapidamente nas mídias sociais, causando revolta e clamores por providências contra o agente.
PMBA se manifestou
Em comunicado, a Polícia Militar da Bahia (PMBA) informou que os policiais são da 9ª Companhia Independente (CIPM) e estavam perseguindo suspeitos armados que teriam efetuado disparos contra a equipe durante o patrulhamento. A corporação alegou que, devido à presença de crianças, os agentes não revidaram aos tiros, mas acabaram sendo hostilizados por algumas pessoas presentes, inclusive com o lançamento de objetos.
Polícia e Secretaria de Segurança determinam investigação
A Polícia Militar da Bahia (PMBA) comunicou que está analisando as imagens do incidente e que os policiais envolvidos foram levados à Corregedoria para prestar esclarecimentos por meio dos procedimentos administrativos. A corporação ressaltou que, na ocasião, os agentes estavam garantindo a segurança de moradores da região.
Por sua vez, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) determinou uma investigação imediata da conduta dos militares. O órgão repudiou as agressões capturadas em vídeo, afirmando que tal comportamento não corresponde ao padrão de policiamento estabelecido pelo Comando da PM, mesmo considerando a informação dos policiais de que populares atiraram objetos. Além disso, a pasta enfatizou que o governo estadual tem investido na formação contínua dos agentes de segurança para aprimorar o serviço à comunidade e prevenir abusos, como o ocorrido em Pirajá.