Um carro-bomba explodiu na noite desta terça-feira (14) em frente a um shopping na zona norte de Guayaquil, no Equador, por volta das 18h no horário local (20h em Brasília). Segundo autoridades equatorianas, uma pessoa faleceu e outras ficaram feridas. Um segundo veículo carregado com explosivos foi localizado nas proximidades, não detonou e foi neutralizado por equipes especializadas. Órgãos de segurança atribuíram a ação a grupos criminosos e mobilizaram contingentes policiais e bombeiros para isolar a área e realizar os primeiros levantamentos.
De acordo com o ministro do Interior, John Reimberg, as forças de segurança mantêm operação permanente para conter a ameaça e identificar os responsáveis. Em mensagem publicada na rede X, o ministro afirmou: “Os artefatos foram fabricados profissionalmente por grupos criminosos com o objetivo de semear o caos”. No local, peritos do esquadrão antibombas realizaram explosões controladas e perícias para determinar os materiais empregados. Em atualização oficial, o governo informou a apreensão de quatro cargas explosivas de alta potência com fusíveis de segurança, além de um dispositivo eletrônico de acionamento.
Investigação e resposta de segurança em Guayaquil
A empresa pública de segurança de Guayaquil relatou em rede social que atendia uma “emergência ocasionada pela detonação de artefatos explosivos”. Imagens divulgadas mostraram viaturas policiais e caminhões dos bombeiros bloqueando as vias. As autoridades pediram que moradores e frequentadores evitem circular pelo perímetro até a conclusão dos trabalhos periciais. A explosão ocorreu em área comercial com grande fluxo, cercada por restaurantes, lojas, consultórios, hotéis, um hospital e o maior centro econômico da cidade.
Representantes do governo local prometeram responsabilização dos envolvidos. O governador de Guayas, Humberto Plaza, declarou a repórteres: “Vamos caçar aqueles que perpetraram este ato de terrorismo. Vamos capturá-los, e eles serão processados com todo o rigor da lei.” O Ministério Público e a Polícia Nacional informaram que a investigação busca identificar a autoria e a estrutura criminosa por trás da operação, incluindo a origem dos artefatos e a logística que viabilizou a ação. Até a última atualização, não havia anúncio de prisões diretamente ligadas ao caso.
Contexto de violência e incidentes recentes no Equador
A região metropolitana de Guayaquil enfrenta sucessivos episódios de violência associados a grupos criminosos. No mês passado, um veículo explodiu em frente à prisão regional da cidade, sem registro de feridos. Na semana passada, o carro do presidente Daniel Noboa foi atingido por pedras durante manifestação, elevando a tensão política.
Guayaquil é apontada por autoridades como uma das localidades com maiores índices de criminalidade do país. Após a ocorrência desta terça-feira, o esquadrão antibombas manteve varreduras na área e ações de prevenção, enquanto o tráfego permaneceu restringido para permitir o trabalho técnico e a coleta de evidências.