O caso de Maria Clara Aguirre Lisboa, de apenas 5 anos, chocou Itapetininga (SP) e o país pela brutalidade. A menina foi encontrada morta e enterrada no quintal de casa, na última terça-feira (14). O crime foi confessado pela mãe, Luiza Aguirre Barbosa da Silva (foto abaixo), e pelo padrasto, Rodrigo Ribeiro Machado (foto abaixo), que serão indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. A tragédia trouxe à tona relatos de maus-tratos que a criança já fazia à avó paterna.
A avó da menina, Vanderleia Monteiro do Amaral, relatou que Maria Clara demonstrava medo de voltar para casa quando visitava a família do pai. Segundo ela, a neta costumava chorar e pedir para ficar mais tempo. “Ela dizia: ‘Vó, eu não queria ir embora. Eu não gosto da minha mãe’”, contou Vanderleia, emocionada. A avó afirmou ainda que a menina falava sobre o que acontecia dentro de casa, o que levantou suspeitas de violência doméstica.
Menina era agredida
O corpo de Maria Clara foi encontrado em estado avançado de decomposição, cerca de 20 dias após o crime. De acordo com a Polícia Civil, o casal confessou ter concretado o local do enterro para ocultar o homicídio.
O padrasto, que já tinha histórico criminal, também era acusado de agredir física e psicologicamente tanto a menina quanto a mãe dela. O delegado Franco Augusto, responsável pelo caso, confirmou que o corpo foi localizado no quintal da residência onde os suspeitos moravam.

Sepultamento e desabafo da avó de Maria Clara
O sepultamento de Maria Clara ocorreu na quarta-feira (15), no Cemitério Colina da Paz, e reuniu apenas familiares do pai biológico. Não houve velório, devido ao estado do corpo. Durante a despedida, Vanderleia afirmou que a neta “virou uma estrelinha e tá olhando pela gente no céu”, e reforçou o desejo de ver os culpados punidos pela morte da criança.
