A Polícia Civil do Paraná (PCPR) permanece mergulhada nas investigações do caso de morte do menino Arthur da Rosa Carneiro, encontrado sem vida no Rio Tibagi, na última terça-feira (14), seis dias após ficar desaparecido dos familiares. De acordo com o delegado Guilherme Barbosa, o laudo da necropsia no corpo da vítima será crucial para desvender qual a verdadeira causa do óbito.
Em posicionamento feito após o corpo ter sido encontrado por um pescador, nas margens do Rio Tibagi, no Campos Gerais, no Paraná, ele confirmou a informação de que nenhuma marca de violência evidente foi encontrada no corpo de Arthur. Ele, no entanto, destacou que, somente com o resultado do exame em mãos, é que a polícia conseguirá ficar próxima de desvendar o que houve com a criança.
“A causa da morte somente pode ser determinada após análise técnica a ser realizada por perito médico. Numa análise preliminar, não foram observados sinais de violência e, a princípio, o estado do corpo é compatível com tempo que levou até ser encontrado, contudo, ressaltamos novamente que somente o médico legista poderá, após exame, apontar a causa da morte e fornecer maiores detalhes”, revelou o responsável pelas investigações.
Linhas de investigação
No cenário atual de apuração, o caso de morte do pequeno Arthur tem dois viéses de apuração: a primeira de que o menino pode ter sido vítima de um crime; enquanto a segunda considera que ele pode ter sido vítima de um afogamento acidental.
Até o momento, mais de 20 pessoas já foram ouvidas, e as autoridades permanecem investigando o caso, em meio à espera do laudo vindo da necropsia. Por conta dos vários dias em que o corpo ficou submerso na água, a Polícia Científica precisou fazer um exame de DNA para o reconhecimento legal da vítima, mesmo os familiares constatando que o corpo se tratava da criança.
Família devastada
A localização do corpo de Arthur culminou no fim dos sonhos dos familiares de encontrar a criança com vida. Apesar do cenário de incerteza, ao longo dos seis dias de buscas, os parentes do menino nutriam a esperança de tê-lo novamente no seio familiar. Em desabafo feito publicamente, o tio da vítima se disse sem chão após a confirmação da morte do sobrinho.
Por conta do avançado estado de decomposição do corpo, os familiares tiveram que sepultar a vítima de imediato após liberação da Polícia Científica, não realizando assim a cerimônia de velório da criança. O caso gerou forte repercussão e comoção nacional, e movimentou diversos profissionais da polícia, Corpo de Bombeiros e socorristas especialistas em resgate.
