O acidente com um ônibus de turismo, ocorrido na última sexta-feira (17), na BR-423, entre Paranatama e Saloá gerou forte comoção nacional, resultando na morte de 17 pessoas. Uma das sobreviventes da tragédia, Marlete Batista Neves Fernandes, concedeu entrevista e revelou a angústia vivenciada em meio ao cenário da perda de controle do veículo.
Em entrevista à TV Sudoeste, afiliada da Globo, a mulher relatou que notou um aumento significativo de velocidade um pouco antes do tombamento, e disse ter notado o efeito de zigue-zague feito pelo motorista na tentativa de recuperar o controle do ônibus. Em depoimento, o responsável por conduzir o veículo afirmou ter tido problemas com o sistema de freios um pouco antes da descida na Serra dos Ventos.
“Eu percebi que o ônibus começou a ter uma velocidade muito forte e falei: ‘o motorista está doido’. Nesse momento, ele começou a fazer zigue-zague. Acho que ele tentou encostar em um barranco, e aí o ônibus tombou. Eu segurei a poltrona e, quando ele virou, fui a primeira a sair”, disse a sobrevivente.
Ônibus estava legalizado
De acordo com informações repassadas pelo chefe de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, de Garanhuns, Luciano Holanda, o ônibus apresentava toda a documentação necessária para viajar. O veículo foi fretado por uma empresa e tinha um termo de autorização para estar circulando.
O veículo transportava 40 pessoas no momento do acidente. O número representa um índice maior do que foi declarado inicialmente, o que denota que algumas pessoas possam ter pegado carona. Boa parte dos ocupantes estava retornando para o estado da Bahia, após realizar compras no Polo Moda Center, em Santa Cruz do Capibaribe (PE).
Feridos seguem internados
De acordo com boletim divulgado no último sábado (18), 12 pessoas permaneciam internadas no Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns: seis em leitos de UTI e outros seis na sala verde, apresentando escoriações leves. Outros cinco receberam alta. Segundo informações repassadas, a maioria das vítimas fatais do sinistro eram de municípios de Minas Gerais e Bahia.
O atendimento do acidente contou com profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, e do Instituto de Criminalística.