Fux disse algo a Alexandre de Moraes que estava esquecido no STF

Ministro do Supremo Tribunal Federal participou de julgamento de núcleo 6 da chamada trama golpista.

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Durante o julgamento do núcleo 4 da chamada “trama golpista”, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez referência a um episódio de 2014 envolvendo o PSDB. Ao comentar os questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas, Fux lembrou que, após a vitória de Dilma Rousseff (PT), o então candidato derrotado, Aécio Neves, solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma auditoria especial no resultado da eleição.

Na época, o PSDB divulgou nota afirmando ter absoluta confiança nas urnas, mas justificou o pedido como uma medida para tranquilizar os eleitores diante de dúvidas que circulavam nas redes sociais. O ministro fez questão de frisar que o TSE, naquela ocasião, aceitou o pedido e realizou a verificação dos votos sem considerar o ato uma afronta às instituições.

Fux faz paralelo com ataques de Bolsonaro às urnas

Dirigindo-se a Alexandre de Moraes, que foi filiado ao PSDB entre 2015 e 2017, Fux destacou que “não se trata da primeira vez que um candidato à Presidência provoca o TSE quanto à regularidade das eleições”. Segundo ele, em 30 de outubro de 2014, foi instada uma auditoria especial para verificação de supostas fraudes nas urnas.

O ministro ainda completou dizendo que não houve rejeição ou criminalização por parte do poder judiciário, ao contrário, houve a decisão de autorizar a auditoria para que fosse apresentado à sociedade um resultado. Na época, não foi constatada nenhuma fraude no processo eleitoral.

Comparações reacendem debate sobre imparcialidade do TSE

As declarações do ministro repercutiram nos bastidores de Brasília, reacendendo o debate sobre o tratamento dado a diferentes questionamentos eleitorais ao longo dos anos. Para Fux, a postura equilibrada do TSE em 2014 serviu de exemplo de transparência, contrastando com as acusações de golpe e as punições aplicadas após 2022.