Caso Esther: polícia faz descoberta de cortar o coração no local onde corpo foi encontrado

Delegado falou sobre tática dos suspeitos para atrairem a menina de 4 anos.

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O desaparecimento de Esther Izabelly Pereira da Silva, de 4 anos, terminou de forma trágica em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. O corpo da criança foi encontrado na tarde da terça-feira (21) dentro de uma cacimba, no bairro do Pixete, com sinais de espancamento.

Esther havia desaparecido na segunda (20), depois de sair de casa para procurar os irmãos que brincavam em um campo de futebol próximo à residência da família. Segundo a Polícia Civil, a menina apresentava ferimentos na cabeça e foi localizada submersa, de cabeça para baixo, em um poço coberto com uma laje de concreto.

A cacimba tinha cerca de 3,7 metros de profundidade. De acordo com o delegado Sérgio Ricardo, uma embalagem de achocolatado foi achada no local e pode ter sido usada para enganar a criança. Um preservativo também foi encontrado próximo ao corpo, levantando suspeita de abuso sexual, o que ainda será confirmado pela perícia do Instituto de Medicina Legal (IML).

Tio de Esther encontrou o corpo da menina

O corpo foi descoberto pelo tio da vítima, identificado apenas como Nazário, que ajudava nas buscas junto a familiares, vizinhos e bombeiros. Em entrevista à TV Globo, ele disse que foi “a pior experiência” de sua vida. O resgate foi feito com o apoio do Corpo de Bombeiros, e o corpo de Esther foi levado para o IML, em Santo Amaro, no Recife. A menina foi sepultada na quarta-feira (22), sob forte comoção da comunidade.

A casa onde o corpo foi encontrado estava alugada havia seis meses a dois homens, de 27 e 31 anos, que foram presos em flagrante por ocultação de cadáver. Segundo o dono do imóvel, os suspeitos moravam no local e não tinham contato próximo com os vizinhos. O pai da menina afirmou que conhecia os dois de vista e que já os havia visto na rua da família em outras ocasiões.

Juíza determinou prisão preventiva

Durante audiência de custódia, os suspeitos — identificados como Fernando Santos de Brito e Fabiano Rodrigues de Lima — tiveram a prisão preventiva decretada. A juíza Roberta Barcala Baptista Coutinho classificou a medida como “necessária, principalmente como garantia de ordem pública”