O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem intensificado sua presença política e passou a ser cotado como possível candidato à Presidência da República em 2026. A movimentação ocorre após o enfraquecimento de outros nomes da família Bolsonaro e em meio ao impasse da oposição sobre quem deverá liderar o grupo nas próximas eleições.
Durante um ato em Brasília, em defesa da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, Flávio fez um discurso firme ao lado de apoiadores. “A gente tem a convicção de que se este país continuar na mão dessa quadrilha, o Brasil acaba de vez. E a gente não vai admitir isso”, afirmou o senador, em tom de enfrentamento. O evento consolidou sua imagem como herdeiro político direto do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Atitude Flávio Bolsonaro teria gerado desconforto
Nos bastidores, a movimentação de Flávio gerou desconforto entre aliados, de acordo com a revista Veja. Integrantes do PL e de partidos do Centrão avaliam que sua candidatura poderia fragmentar a direita e acabar favorecendo a reeleição de Lula. Pesquisas recentes do Ipespe indicam que 74% dos entrevistados não consideram o senador um bom nome para o cargo, o que reforça o ceticismo de parte dos apoiadores.
Apesar disso, Flávio tem se esforçado para ampliar sua visibilidade nacional. Ele preside a Comissão de Segurança Pública do Senado e vem aprovando projetos voltados ao endurecimento das penas para crimes violentos e ao combate ao crime organizado. A estratégia visa associar seu nome a pautas de forte apelo popular.
Flávio assume função importante de interlocutor
Atualmente, Flávio é o principal interlocutor entre Jair Bolsonaro e a cúpula do PL, já que o ex-presidente cumpre pena em regime domiciliar e está proibido de manter contato direto com Valdemar Costa Neto. Essa condição reforça sua posição dentro do partido, mas também aumenta as pressões e divisões internas sobre o futuro político da família.
