Uma mulher acompanhava uma paciente na UPA Ipase, em Várzea Grande, Mato Grosso, quando solicitou atendimento para um bebê reborn, alegando que a boneca apresentava sintomas de gripe. A equipe de enfermagem prontamente verificou o estado da criança e informou que, ao acionar a pediatra, constataram tratar-se de uma boneca hiper-realista do tipo reborn.
A direção da unidade explicou que o atendimento é reservado a pacientes que necessitam de cuidados médicos efetivos. O caso foi encerrado após a constatação de que não havia registro civil nem cartão do SUS para o tal paciente.
Segundo relatos, a mulher deixou o local visivelmente contrariada após a negativa de atendimento. A nota oficial da UPA Ipase reforçou que todos os atendimentos devem ocorrer com foco em pessoas que apresentem quadro clínico de urgência.
Equipe médica descartou o atendimento
Ainda de acordo com a instituição, a verificação de que o objeto era um bebê reborn tornou inviável a continuidade do atendimento como paciente humano, uma vez que não se trata de uma pessoa com direito a registro civil ou ao sistema público de saúde. O episódio foi tratado internamente como uma situação atípica, sem necessidade de acionar a polícia ou o Conselho Tutelar.

Contexto e repercussão
O caso ocorre em meio a debates sobre o uso de bonecas reborn em contextos terapêuticos e psicológicos, comuns em instituições de cuidado a pessoas enlutadas ou em tratamento emocional. Na região metropolitana de Cuiabá, a ocorrência reacendeu discussões sobre a limitação do uso desses objetos em locais públicos, especialmente em unidades de saúde.
O episódio também chamou atenção de internautas nas redes sociais, que compartilharam imagens e relatos sobre o acontecimento, destacando o inusitado do pedido de atendimento médico para um boneco realista.
