A megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é considerada a mais letal da história do Estado. A ação, que mobilizou 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, deixou pelo menos 120 mortos, entre suspeitos e quatro policiais.
Segundo o balanço divulgado pelo governo fluminense, 64 mortes foram confirmadas oficialmente até a noite de terça. No entanto, na manhã seguinte, moradores levaram mais de 60 corpos até a Praça São Lucas, na Penha, informando que as vítimas foram encontradas em uma área de mata, o que eleva para mais de 120 o número de mortes.
Policiais morreram em confronto
Entre os policiais mortos estão o delegado Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (terceiro da esquerda para a direita), de 51 anos, conhecido como Máskara; o inspetor Rodrigo Velloso Cabral, de 34 (primeiro na imagem); e os sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves (segundo da esquerda para a direita), de 42, e Heber Carvalho da Fonseca (último na imagem), de 39. Todos foram atingidos durante confrontos intensos com criminosos ligados ao Comando Vermelho.
Policiais foram alvejados por traficantes
De acordo com a Polícia Civil, os agentes civis foram baleados na chegada ao Complexo da Penha, quando traficantes reagiram com tiros e incendiaram barricadas. Já os sargentos do Bope foram feridos durante a incursão na Vila Cruzeiro, também dominada por facções criminosas. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.
O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, afirmou que o objetivo da operação era cumprir mandados contra chefes do tráfico e retomar o controle de áreas dominadas. A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), também resultou na prisão de 81 suspeitos e na apreensão de grande quantidade de armamento pesado.
