A megaoperação deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão já registrou mais de 100 vítimas fatais, entre policiais, populares e traficantes. Entre os quatro agentes que morreram no trabalho está Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos. Em desabafo comovente, a esposa do policial divulgou prints das últimas mensagens com ele, antes de tomar conhecimento da morte do sargento.
Em post feito nas redes sociais, ela publicou um registro de mensagens trocadas com Heber minutos antes do marido ter sido alvejado. É nítido o teor de medo na conversa, dada a situação delicadíssima que o Rio de Janeiro protagonizou nesta terça-feira (28).
“Você está bem? Deus está te cobrindo. Estou orando”, disse a companheira do 3º sargento, sendo respondida pelo marido cerca de 47 minutos depois. “Estou bem. Continua orando”, disse Heber, na última mensagem enviada à esposa. No print, ainda é possível notar a aflição da mulher e as ligações que ela fez horas depois, e não recebeu o retorno do policial.
Corpos encontrados em mata
Em um primeiro momento de divulgação do balanço da operação, o governo do estado do Rio de Janeiro havia informado o registro de 64 mortes, sendo 60 suspeitos e quatro agentes policiais. Nesta manhã de quarta (29), os números cresceram significativamente.
Cerca de 64 corpos, encontrados na mata Vacaria, foram levados pelos familiares dos mortos até à Praça São Lucas, na Penha. O índice de óbitos chega na casa de 128 pessoas, o que torna a operação a mais letal da história do Rio.
Fala do governador
Em pronunciamento dado hoje, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), definiua megaoperação como um sucesso, classificando que apenas quatro inocentes morreram no conflito: os agentes policiais. Além dos mortos, a ação resultou na prisão de 81 presos e um alto volume de armamento.
