Momentos antes de ser morta durante a megaoperação das forças de segurança no Rio de Janeiro, Penélope, conhecida como Japinha do CV, trocou mensagens aflitas com uma amiga. Conforme informações publicadas pela coluna Na Mira, do portal Metrópoles, a traficante relatava em tempo real o tiroteio intenso entre policiais e criminosos nas comunidades da Penha e do Alemão.
A jovem, que já era conhecida nas redes sociais por posar com armas e roupas camufladas, demonstrava desespero nas últimas interações. Segundo a reportagem, a conversa começou quando Penélope mandou um simples “Oi” e logo fez uma chamada de vídeo que durou cerca de três minutos.
Depois, escreveu: “Oi. Não vamos ficar aqui, não”. A amiga quis saber se o confronto havia cessado, e Japinha respondeu: “Não. Eles tão aqui em cima de nós. A bala tá comendo. Helicóptero tá aqui rodando”. Poucos instantes após essas mensagens, a criminosa foi atingida na cabeça por um disparo de fuzil e morreu no local.
Japinha era integrante do CV
Fontes ligadas à investigação afirmaram que Penélope era uma das soldadas de confiança do Comando Vermelho e atuava na linha de frente das operações do tráfico. Sua função incluía cuidar das rotas de fuga e proteger os pontos de venda de drogas. A jovem, que aparentava orgulho de sua posição, aparecia com frequência em fotos ostentando armas e coletes balísticos, o que a fez ganhar notoriedade dentro da facção.
Familiares pediram que imagem do corpo de Japinha do CV não seja divulgada
Nas redes sociais, familiares de Penélope pediram que as imagens de seu corpo não fossem compartilhadas, afirmando que a exposição tem causado sofrimento. Japinha do CV morreu com um tiro no rosto, que ficou totalmente desfigurado.
