A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, divulgou na quinta-feira (30) um manifesto em defesa da megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, na terça-feira (28). A ação, considerada a mais letal da história do estado, teve como objetivo desarticular o Comando Vermelho, principal facção criminosa da capital fluminense.
No texto intitulado “As mães e a (in)segurança pública”, o PL Mulher faz duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a líderes de esquerda da América do Sul. O manifesto afirma que “os traficantes brasileiros há muito deixaram de ser meros vendedores de drogas. Eles se transformaram em narcoterroristas – uma realidade que não pode mais ser ignorada”. O documento cita nominalmente Lula, Nicolás Maduro e Gustavo Petro como parte de um “trio da destruição”.
Manifesto de Michelle Bolsonaro
Michelle Bolsonaro declarou que o manifesto reflete o posicionamento do partido em defesa das forças de segurança. Segundo o texto, o governo federal teria se recusado a prestar apoio à operação no Rio, o que gerou indignação entre parlamentares da legenda.
“Ao tratar narcotraficantes como vítimas, Lula torna-se cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha”, afirma um trecho do documento. A manifestação também critica a cobertura da imprensa, acusando veículos de comunicação de tentar inverter papéis entre criminosos e agentes do Estado.
Declaração de apoio às forças policiais
A nota afirma que os mortos durante a operação “colheram o que plantaram” e que o combate ao tráfico é uma medida necessária para restabelecer a ordem pública. O partido afirmou que continuará defendendo pautas de endurecimento penal e apoio total às forças armadas e policiais.
