Cinco meses após o desaparecimento de Adalberto Amarílio Júnior, de 45 anos, a Polícia Civil ainda busca esclarecer quem o matou durante um festival de motociclismo em Interlagos, em São Paulo. O
empresário sumiu em 30 de maio de 2025 e foi encontrado quatro dias depois, asfixiado e jogado dentro de um buraco de obra. Seu capacete estava sobre o corpo, mas sem a câmera usada para gravar o evento. A principal hipótese aponta para uma briga com seguranças após ele entrar em área restrita do kartódromo.
Celulares e computadores sob análise
O Departamento de Homicídios (DHPP) tenta reconstituir os passos da vítima usando o software Cellebrite, que extrai dados de aparelhos eletrônicos. Foram apreendidos 15 celulares e três computadores de seguranças, organizadores e da própria vítima. O objetivo é recuperar mensagens, vídeos e localização para entender a dinâmica e identificar os envolvidos.
Empresas de segurança que atuaram no festival também são investigadas. A Malbork e a ESC Fonseccas tiveram aparelhos apreendidos e estão colaborando com a polícia. Um segurança, lutador de jiu-jítsu, foi preso por posse ilegal de munições, mas não há prova de ligação com o crime.
Família aguarda respostas
O caso é acompanhado pelo Ministério Público, e mais de 15 depoimentos já foram tomados, incluindo familiares e representantes do autódromo. A polícia busca esclarecer como e por quem o empresário foi asfixiado. Os laudos periciais e digitais, que devem indicar trajetos e possíveis interações, serão fundamentais para determinar os próximos passos da investigação e identificar o responsável pela morte de Adalberto.
