Casal é morto por envenenamento em MG: irmã e cuidador são principais suspeitos do crime

A Polícia Civil descobriu que as mortes, inicialmente tratadas como naturais, foram causadas por doses letais de fenobarbital.

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está conduzindo uma investigação sobre o envenenamento que resultou na morte do casal Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, de 65, em Governador Valadares (MG). Embora as mortes tivessem sido consideradas naturais inicialmente, um novo direcionamento foi dado ao caso após a confirmação pericial da presença de fenobarbital, uma substância de uso controlado. Em altas doses, esse medicamento tem o potencial de causar depressão respiratória e parada cardíaca. As informações foram divulgadas pelo UOL.

De acordo com as descobertas da investigação, a morte de Thomas ocorreu em 20 de junho, seguida pela de Everaldo apenas seis dias depois. Embora as causas inicialmente apontadas para os óbitos fossem câncer de pele e coma alcoólico, respectivamente, a exumação dos corpos, realizada após os familiares levantarem suspeitas, demonstrou que houve uso intencional de um medicamento como causa real das mortes.

Irmã estaria envolvida no crime

A investigação policial apontou a irmã de Everaldo, de 52 anos, e um amigo do casal, de 35, que trabalhava como cuidador, como os responsáveis pelo planejamento do crime. A dupla é suspeita de adquirir fenobarbital (um medicamento) por meio da falsificação de receitas médicas e de movimentar mais de R$ 1,3 milhão das contas das vítimas após as mortes.

Durante as diligências, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu receituários e carimbos falsos. A tese de falsificação foi reforçada pelas médicas cujos nomes estavam nos documentos, que negaram qualquer envolvimento. As suspeitas iniciais surgiram quando familiares procuraram a polícia por estranharem não terem sido comunicados sobre a internação e o enterro das vítimas.

Investigação em andamento

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando a advogada do suspeito, acusando-a de ter instruído testemunhas a depor falsamente. De acordo com informações divulgadas pelo UOL, o caso será encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e os indivíduos envolvidos podem ser responsabilizados por crimes como homicídio duplamente qualificado, falsificação e uso de documento falso.