O lutador cearense Godofredo Castro de Oliveira, conhecido como Godofredo Pepey, morreu no domingo (9) em uma prisão da Flórida (EUA), aos 38 anos. Natural de Fortaleza, ele estava preso desde 30 de junho, após ser detido em Deerfield Beach. As autoridades confirmaram o falecimento à família, mas não divulgaram as causas. O atleta ganhou destaque ao participar da primeira temporada do The Ultimate Fighter Brasil, em 2012, e por suas lutas no UFC.
Pepey foi preso sob acusação de violência doméstica contra a esposa, Samara Mello. De acordo com a polícia local, ela apresentava hematomas no rosto e no corpo, e vizinhos acionaram as autoridades. O brasileiro foi indiciado por sequestro com ferimento corporal, agressão por estrangulamento e obstrução de comunicação policial. A fiança havia sido fixada em US$ 120 mil, e o lutador ainda enfrentaria um processo de deportação.
Morte sob custódia e apelo da família
O advogado de Samara, Gaudênio Santiago, confirmou que a família foi informada da morte e pediu respeito e cautela diante de especulações. “A morte de alguém sob custódia é um fato grave”, afirmou. Segundo ele, Samara está abalada e acompanha os trâmites legais para liberação do corpo.
Pepey teve uma carreira marcada por altos e baixos. Foi vice-campeão do TUF Brasil, somou 14 vitórias e sete derrotas em 22 lutas profissionais e atuou no UFC entre 2012 e 2018. Após deixar o evento, lutou em organizações menores e disputou sua última luta em 2022.
Caso de violência e apoio à esposa
A defesa aponta que o episódio ocorreu na casa do casal, em Deerfield Beach, onde Samara teria sido impedida de sair e pedir ajuda. Após a prisão, ela publicou nas redes um relato sobre violência doméstica, destacando que “nenhuma forma de agressão é aceitável”. Samara recebeu apoio da Fighting Foundation, criada por Rose Gracie, que auxilia famílias de lutadores. As autoridades americanas seguem apurando as circunstâncias da morte, ainda não esclarecidas.