Após 17 dias internado, chega notícia sobre o motorista de aplicativo esfaqueado no pescoço

Ele ainda não movimenta o braço direito e passará por avaliação de nervos; suspeito se apresentou à polícia.

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O motorista de aplicativo Elias Alves dos Santos Filho, de 37 anos, recebeu alta do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) nesta terça-feira (11/11), por volta das 12h30, após 17 dias de internação.

Ele foi atingido por golpes de canivete no pescoço durante uma corrida no Distrito Federal e permanece sem conseguir movimentar o braço direito. A equipe médica encaminhou o paciente para avaliação de nervos periféricos a fim de definir os próximos passos do tratamento e possíveis intervenções para recuperação funcional.

A família relata que a evolução clínica ocorreu de forma consistente e agradeceu ao trabalho das equipes do HRC. Em mensagem, a esposa, Synara de Albuquerque Santos, afirmou: “Recuperação significativa! Vejo claramente a mão de Deus agindo em todo o tempo, utilizando as mãos dos médicos e de toda a equipe envolvida nesse processo”. Após a alta, Elias segue em acompanhamento ambulatorial enquanto aguarda a consulta especializada para análise do comprometimento neurológico no membro superior direito.

Investigação do ataque durante corrida no DF

O ataque ocorreu quando Elias, após realizar uma viagem para Águas Lindas de Goiás, aceitou um novo chamado para a Quadra 201 do Recanto das Emas. Segundo a Polícia Civil, o passageiro, de 41 anos, disse ter suspeitado de um assalto ao notar alteração de trajeto e um carro que passou a seguir o veículo; tomado pelo medo, sacou um canivete e desferiu golpes no pescoço do motorista.

Mesmo ferido, Elias dirigiu até o HRC e colidiu com um poste em frente à unidade, sendo atendido imediatamente e encaminhado à UTI. De acordo com a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), o suspeito havia ingerido bebida alcoólica após uma confraternização familiar, e a corrida foi solicitada pelo irmão dele.

Após a colisão, o passageiro fugiu, escondeu-se em área de mata e enviou áudios ao irmão confessando o esfaqueamento. No dia seguinte, descartou roupas sujas de sangue, que foram apreendidas pelos investigadores.

Em 27/10, ele se apresentou espontaneamente na 15ª DP, acompanhado de dois advogados, confessou o crime e afirmou ter agido por medo, alegando ter “reagido instintivamente” ao suposto risco. A esposa de Elias também se manifestou sobre a apuração: “Quanto à investigação do caso, espero sinceramente que a justiça seja feita, e que esse indivíduo responda por todo o dano que causou à vida do Elias e à nossa família”.

Tratamento, sequelas e vaquinha para custeio no DF

Com a alta, o foco do motorista é a reabilitação do braço direito, que depende da avaliação de nervos periféricos para definir terapias e prazos de recuperação. A família organizou uma vaquinha solidária para custear o tratamento e auxiliar nas despesas domésticas durante o período de afastamento do trabalho.

O inquérito segue em curso na 15ª DP, que reuniu depoimentos, registros de mensagens e peças de roupa para análise pericial, enquanto o motorista aguarda atendimento especializado e mantém acompanhamento clínico após a internação na UTI do HRC.