A empresária e socialite Val Marchiori voltou ao centro das atenções após seu ex-marido, o empresário Thiago Gonzaga Castilho de Sant’Ana, passar a responder judicialmente por violência doméstica. A decisão partiu da Justiça de São Paulo, que acatou o parecer do Ministério Público ao considerar que as ações do empresário se enquadram na Lei Maria da Penha. O caso, que inicialmente era tratado como perseguição, ganhou novos contornos após o avanço das investigações conduzidas pelo 78º Distrito Policial, localizado no bairro dos Jardins, na zona Sul da capital.
De acordo com os autos, Val relatou que, após a separação, Thiago teria passado a segui-la e a ameaçá-la constantemente. O ponto de maior tensão teria ocorrido em agosto de 2024, quando a empresária descobriu um rastreador eletrônico do tipo Apple AirTag escondido dentro do kit de primeiros socorros de seu carro. O dispositivo, segundo a perícia, estava vinculado a um número de telefone atribuído ao empresário. A descoberta fez com que Val procurasse as autoridades e solicitasse medidas protetivas, que foram deferidas pela Justiça.
As alegações de Val Marchiori contra o ex
As suspeitas não pararam por aí. Val Marchiori afirmou ainda que encontrou pequenos gravadores de áudio escondidos no quarto, fixados sob a televisão. O material foi apreendido pela polícia e passou por perícia técnica, que confirmou a existência dos equipamentos. O episódio, somado às ameaças relatadas, foi interpretado pelos investigadores como parte de uma conduta de vigilância e intimidação contínua. Desde então, a empresária tem buscado reforçar sua segurança pessoal e jurídica.
Thiago Gonzaga, por sua vez, negou todas as acusações em depoimento. Ele alegou que mantém apenas vínculos profissionais com a ex-mulher, já que ambos ainda são sócios em algumas empresas, e sustentou que as denúncias seriam uma tentativa de afastá-lo dos negócios. O empresário também afirmou não ter qualquer ligação com o número de telefone associado ao rastreador, afirmando que a linha pertenceria à própria Val.
Thiago enfrenta acusação de violência doméstica
A promotora Margareth Ferraz França, responsável pela análise do caso, concluiu que os atos descritos configuram violência psicológica e perseguição em contexto de relação íntima. Com base nisso, a juíza Giovanna Christina Colares, da 4ª Vara do DIPO, determinou a reclassificação do processo e o envio para a Vara de Violência Doméstica. A partir de agora, o caso seguirá tramitando sob sigilo, com acompanhamento do Ministério Público e novas diligências previstas para as próximas semanas.