Em uma ação contra crimes financeiros, a Polícia Civil de Minas Gerais conduziu uma operação na última terça-feira, dia 11, mirando os influenciadores Pedro Vitor e Aline Cavanellas. O casal é investigado por suspeita de participação em um esquema de jogos de azar não autorizados, fraude, lavagem de dinheiro e evasão fiscal, conforme reportado pelo G1.
Durante a operação, mandados de busca e apreensão foram executados em propriedades ligadas aos dois em Lagoa Santa, Pimenta e Divinópolis. Os influenciadores, que contam com mais de 3,6 milhões de seguidores no Instagram, utilizavam suas plataformas para promover o chamado jogo do tigrinho, atraindo seguidores com a promessa de ganhos rápidos.
Farsa e ostentação
As apurações indicam que Pedro e Aline criavam vídeos onde simulavam vitórias e grandes lucros em cassinos virtuais, mas esses vídeos eram feitos em ambientes de demonstração que não envolviam prêmios de verdade. Para reforçar a credibilidade de suas postagens, o casal ostentava uma vida de alto padrão, exibindo bens como carros de luxo, mansões e viagens internacionais.
Além disso, as investigações revelaram transações financeiras suspeitas totalizando aproximadamente R$ 21 milhões. A polícia também conseguiu identificar 15 imóveis e sete veículos de luxo registrados em nome dos indivíduos investigados. A corporação destacou em comunicado que: “A ostentação reforçava a imagem de sucesso fácil, o que atraía mais vítimas”.
O que diz a defesa dos influenciadores?
A defesa de Pedro Vitor e Aline Cavanellas declarou ao G1 que o casal não está detido e permanece acessível à Justiça. O advogado dos influenciadores argumentou que eles não são administradores de plataformas de apostas, mas sim atuam apenas como promotores de conteúdo em suas mídias sociais.
Ainda conforme a defesa, os montantes financeiros divulgados representam apenas interpretações iniciais da Polícia Civil e não espelham fielmente a situação econômica do casal. A equipe jurídica informou ter dado entrada em um mandado de segurança para ter acesso completo ao processo e prometeu apresentar os registros contábeis e bancários o mais breve possível. O inquérito prossegue e o caso está sob avaliação na Vara Criminal de Belo Horizonte.
