Governo do RJ transfere chefes do CV para presídio federal

RJ passa a ter o maior número de detentos sob custódia federal entre os 26 estados do país.

PUBLICIDADE

Sete criminosos apontados como chefes do Comando Vermelho foram transferidos nesta quarta-feira (12) para penitenciárias federais de segurança máxima. A operação, conduzida por cerca de 40 agentes do Grupamento de Intervenção Tática (GIT), começou no Complexo Penitenciário de Bangu e terminou no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador.

Sob forte aparato policial, os detentos embarcaram em aviões da Polícia Federal com destino a presídios localizados no Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia. A ação foi autorizada pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após recomendação do Ministério da Justiça e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Transferência de faccionados

Segundo as autoridades, os recentes ataques na região metropolitana do Rio indicaram a necessidade de isolar os líderes da facção, que ainda exerciam influência direta sobre comparsas fora das cadeias.

Com as novas transferências, o estado do Rio de Janeiro passa a concentrar o maior número de presos sob custódia federal em todo o país. Dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais mostram que 66 detentos considerados de alta periculosidade estão atualmente em unidades federais.

Rio transferiu 19 presos para presídios federais neste ano

Somente em 2025, já foram 19 novas inclusões no Sistema Penitenciário Federal (SPF), parte da estratégia do governo para romper as linhas de comunicação entre líderes e subordinados do tráfico.

Entre os transferidos estão nomes conhecidos no submundo do crime, como Roberto de Souza Brito, apelidado de “Irmão Metralha”, e Marco Antônio Pereira Firmino, o “My Thor”. Ambos são apontados como integrantes da cúpula do Comando Vermelho e acumulam condenações que ultrapassam meio milênio de prisão. As autoridades acreditam que o envio dos criminosos para presídios de outros estados enfraquece a articulação de novos ataques no território fluminense.