A explosão em um imóvel usado para armazenar fogos de artifício no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, deixou uma pessoa morta e ao menos dez feridas. O incidente ocorreu por volta das 19h30 e provocou a interdição de 21 casas pela Defesa Civil, devido ao risco estrutural.
Entre os atingidos está Joseli Aparecida Silvestre, de 70 anos, que vive há cinco décadas na mesma residência. No momento do estrondo, ela estava sentada no quarto da frente assistindo televisão. O impacto foi tão forte que comprometeu a estrutura da casa e espalhou estilhaços por todos os cômodos.
Relato da explosão
Joseli contou que a rede da janela foi arremessada contra o guarda-roupa, perfurando a porta. A força da explosão também derrubou objetos e deixou vidros espalhados pelo chão. Em meio ao choque, ela descreveu: “Fui arremessada no chão, com vidro em cima de mim.”
A moradora explicou que não conhecia bem os vizinhos responsáveis pelo imóvel onde os fogos eram guardados, já que haviam se mudado há cerca de um mês e não demonstravam movimentação aparente. A Defesa Civil interditou imóveis próximos e equipes de resgate atuaram para retirar moradores e avaliar os riscos.
Impacto da explosão aos arredores
O estrondo foi ouvido em três quarteirões e derrubou estruturas metálicas, além de danificar veículos que passavam pelas avenidas próximas. Vizinhos compararam o barulho a uma queda de avião e muitos precisaram deixar suas casas às pressas, levando apenas o essencial. O caso segue sob investigação das autoridades, que apuram se o imóvel funcionava como depósito clandestino de fogos de artifício. Enquanto isso, famílias afetadas foram acolhidas por parentes e aguardam novas avaliações sobre a possibilidade de retorno às suas casas.
