Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi questionado sobre os corpos decapitados localizados nos complexos da Penha e do Alemão durante a megaoperação. Entre as vítimas estava Yago Ravel Rodrigues, de 19 anos, um dos civis que tiveram a cabeça arrancada.
Durante a coletiva de imprensa, Curi rejeitou a hipótese de envolvimento dos policiais no crime. “Quem disse que foi a polícia que cortou a cabeça?”, retrucou, destacando que os agentes não seriam os autores. A fala foi dada no dia 30.
Conforme informou o portal Bacci Notícias, o secretário acrescentou que tanto moradores quanto possíveis criminosos teriam cometido vilipêndio de cadáver ao retirar cerca de 70 corpos de uma área de mata. Curi afirmou ainda que esses mortos foram colocados em fila na Praça São Lucas com o objetivo de atrair a atenção da imprensa.
Megaoperação no RJ
No total, 121 pessoas perderam a vida. Dessas, 115 já foram identificadas: 88 possuíam registros de antecedentes criminais. Segundo o Fantástico, ao menos 66 das vítimas eram naturais de outros estados.
Saiba o que dizem as autoridades
O governador Cláudio Castro afirmou, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, que deu aval para a megaoperação. Segundo ele, a ação era indispensável para enfrentar a criminalidade e reduzir a sensação de medo vivida diariamente pela população.
Ele destacou ainda que 113 suspeitos se entregaram e seguem detidos, respondendo aos trâmites legais. Castro acrescentou que aqueles que fugiram para a mata ou optaram pelo confronto acabaram encarando diretamente o BOPE e a Core, descritas por ele como duas das equipes mais qualificadas do país.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também falou ao programa e afirmou que o governo federal atuará em conjunto com o Estado para agilizar as medidas necessárias e solucionar a crise. Lewandowski e Castro ainda colaboraram na criação do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, destinado ao compartilhamento de informações e estratégias sobre o tema.
