Novo caminho: polícia redefine investigação sobre morte de empresário no Autódromo

Tecnologia de perícia digital auxilia a Polícia Civil e reacende debate sobre privacidade no país.

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A Polícia Civil de São Paulo vem adotando recursos tecnológicos avançados, em grande parte desenvolvidos fora do país, para elucidar crimes de alta complexidade. O caso Adalberto voltou aos holofotes não como uma operação sigilosa, mas como o centro de uma apuração sensível que evidencia essa forte dependência de ferramentas digitais: a morte do empresário Adalberto Amarílio Júnior, em Interlagos.

Segundo informações do portal Metrópoles, para avançar na investigação do homicídio do empresário, encontrado em um buraco no Autódromo mais de quatro meses atrás, equipes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) recorreram a um sofisticado software israelense de análise forense. Entre os programas utilizados em situações semelhantes estão o Cellebrite — famoso pela extração de dados de celulares — e o UFED (Universal Forensic Extraction Device).

Para que serve essa tecnologia?

Essas tecnologias, amplamente reconhecidas no campo da segurança digital, são essenciais no trabalho pericial porque permitem acessar, coletar e restaurar informações de dispositivos móveis, mesmo quando foram apagadas, criptografadas ou protegidas por mecanismos de segurança robustos.

Dados que revelam

No caso de Adalberto Amarílio Júnior, a possibilidade de recuperar conteúdos como mensagens, áudios, registros de GPS e dados de aplicativos tanto do empresário quanto de possíveis envolvidos se tornou determinante para o avanço das investigações. Sem essa capacidade de reconstruir informações aparentemente irrecuperáveis, a apuração poderia ter permanecido sem respostas.

Apesar da eficácia dessas ferramentas em casos de homicídio e outras ocorrências graves, o uso de softwares israelenses no Brasil também alimenta debates intensos sobre limites legais e riscos à privacidade.