Jair Messias Bolsonaro (PL) recebeu voz de prisão preventiva da Polícia Federal na manhã deste sábado (22), em medida autorizada pelo Supremo Tirbunal Federal. A medida não tem relação direta com a condenação do antigo presidente sobre o golpe de estado, e sim como uma resposta ao fato do filho do ex-chefe do Executivo, Flávio Bolsonaro, ter convocado uma vigília próxima ao condomínio onde o pai vive. A convocação de apoiadores foi vista como fator de risco acerca da prisão domiciliar, que o ex-presidente cumpre desde agosto.
Segundo informações do blog da Natuza Nery, Bolsonaro não apresentou resistência à medida de prisão preventiva, reagindo com tranquilidade. A companheira do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, não estava no local no momento da detenção em caráter de medida cautelar.
Bolsonaro em cela especial
Bolsonaro foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O ex-presidente ficará em um espaço adaptado recentemente para receber autoridades. O ambiente é semelhante ao que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou em Curitiba, durante o período em que esteve detido por 580 dias.
A cela fica no andar térreo da Superintendência e conta com banheiro reservado, cama, uma mesa de trabalho, cadeira e uma televisão. Bolsonaro não terá contato com nenhum outro detento. De acordo com a Polícia Federal, o espaço não foi feito para o ex-presidente, mas funciona como uma sala para ser utilizada em qualquer tipo de detenção de uma autoridade.
Risco de fuga
Segundo posicionamento do ministro do STF, Alexandre de Moraes, a medida cautelar acerca da prisão preventiva de Bolsonaro se deu pelo elevado risco de fuga do ex-presidente, diante do cenário de convocação da vigília propagado pelo filho do antigo mandatário nas redes sociais. Moraes afirmou que houve uma notificação do Centro de Monitoramento Integrado do Distrito Federal sobre a violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro por volta das 0h08 deste sábado (22).
