A Polícia Federal executou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, cumprindo uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A operação ocorreu em uma data que chamou a atenção de correligionários e apoiadores do ex-mandatário: o dia 22, número que representa o partido pelo qual Bolsonaro disputou as últimas eleições.
Diante da coincidência numérica, aliados de Bolsonaro alegam ‘fetiche’ de Moraes pelo dia 22, sugerindo uma intencionalidade simbólica na escolha da data para a deflagração da medida cautelar. A Procuradoria-Geral da República emitiu parecer favorável à custódia durante a madrugada, especificamente à 1h25, citando a gravidade de novos fatos apresentados pelas autoridades policiais.
Entre os motivos que fundamentaram a decisão judicial, destaca-se um relatório da Polícia Federal que aponta tentativas de interferência no sistema de monitoramento eletrônico imposto anteriormente ao ex-presidente.
Bolsonaro tentou violar tornozeleira eletrônica
Segundo as informações divulgadas, a perícia identificou que Bolsonaro tentou romper tornozeleira eletrônica com ferro de solda, o que foi interpretado como uma violação das medidas cautelares diversas da prisão que estavam em vigor. A defesa nega as acusações de tentativa de fuga ou adulteração, argumentando que o equipamento apresentava falhas técnicas, mas a decisão do magistrado considerou os elementos técnicos apresentados pela corporação policial como suficientes para decretar a privação de liberdade.
Monitoramento médico e defesa
A defesa do ex-presidente manifestou profunda preocupação com o estado clínico de Jair Bolsonaro dentro da carceragem. Os advogados solicitaram que ele pudesse cumprir a pena em domicílio, alegando que o político possui a ‘saúde profundamente debilitada’. Em resposta às demandas sobre o bem-estar do custodiado, o ministro Alexandre de Moraes determinou ‘atendimento médico em tempo integral’ a Bolsonaro em regime de plantão, visando garantir sua integridade física durante o período de detenção. A Primeira Turma do STF deve realizar uma sessão virtual na próxima segunda-feira para referendar ou não a decisão monocrática de prisão.
