O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou neste domingo (23) por uma audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde teve a prisão preventiva mantida. No depoimento prestado, o antigo chefe do Executivo nacional disse que teve uma “paranoia” e por isso tentou violar a tornozeleira eletrônica que vem utilizando nos últimos meses, após determinação da Justiça.
No relato, o ex-presidente alegou que nunca teve este tipo de surto, mas que por conta do quadro de medicação intensa nos últimos dias, disse ter passado pela situação, onde teve a impressão de que a tornozeleira tinha uma escuta. O item sofreu tentativa de violação por volta das 0h deste sábado (22), e foi um dos motivos que culminou na prisão preventiva de Bolsonaro.
Ferro de solda
No relato, Bolsonaro negou a ação com qualquer tipo de pretenção de fuga. O ex-presidente utilizou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira, mas não obteve sucesso e logo acionou os agentes de custódia. O aparelho foi substituído e horas depois, agentes da Polícia Federal estiveram na casa dele com mandado de prisão preventiva. Bolsonaro cumpria detenção no regime domiciliar desde agosto, após ter sido condenado a 27 anos e três meses.
“Depoente (Bolsonaro), afirmou que estava com alucinação de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa”, disse o documento acerca da audiência de custódia de Bolsonaro.
Visita autorizada
Neste domingo (23), o ministro Alexandre de Moraes deu sinalização positiva para que o ex-presidente possa receber a visita da companheira Michelle Bolsonaro. A ex-primeira dama não estava na residência no momento da detenção do esposo, e deve efetuar a visita entre 15h e 17h de hoje.
Todas as pessoas que o ex-presidente for receber na cela de estado, será necessária autorização prévia do STF. De acordo com o g1, a defesa solicitou que os filhos visitassem Bolsonaro, mas como os nomes não foram explicitados na petição, a autorização ainda não foi dada.
