Flávio Bolsonaro assumiu o comando das manifestações públicas da família após a prisão preventiva do ex-presidente e declarou que o objetivo único da oposição agora é aprovar a anistia aos condenados e investigados pelos atos do 8 de Janeiro. A afirmação foi feita após uma reunião emergencial no PL, que contou com Michelle Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Jair Renan e aliados ideológicos do partido.
O encontro consolidou o apoio ao projeto em tramitação na Câmara que reduz penas, relatado por Paulinho da Força, enquanto a oposição tenta ressuscitar a proposta de anistia total. Apesar disso, a estratégia tem baixas chances de êxito, já que depende de apoio muito superior ao tamanho atual da bancada bolsonarista.
Rogério Marinho defende a anistia aos condenados
Rogério Marinho afirmou que “nós defendemos a anistia e alguns a dosimetria. Quem tiver mais votos que vença”. Parte do PL mudou de posição e vê na dosimetria uma resposta política à prisão e uma possível reaproximação com o Centrão, embora líderes desses partidos descartem votar qualquer proposta relacionada ao 8 de Janeiro por falta de consenso.
O texto de redução de penas alcançaria o próprio Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses, diminuindo sua pena em pelo menos sete anos. A manifestação recente de Arthur Lira animou a oposição, mas aliados do presidente da Câmara classificam o gesto como apenas simbólico.
Flávio é o porta-voz da família Bolsonaro
Flávio Bolsonaro foi escolhido como porta-voz da família e deve visitar o pai na PF. Ele afirmou que a saúde do ex-presidente está fragilizada e criticou Alexandre de Moraes, dizendo que, diante dos remédios usados por Bolsonaro, e pelo atual estado de saúde o pai deveria estar em prisão domiciliar e não na Superintendência da Polícia Federal.