A prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) teve detalhes revelados pelo UOL nesta terça-feira (25). Segundo a colunista Daniela Lima, do UOL, a ação conjunta do Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Federal envolveu a escalação de agentes do DIP (Divisão de Inteligência Policial) e do COT (Comando de Operações Táticas), contando inclusive com equipe de extração aérea, caso fosse necessário.
De acordo com a colunista, a ação do senador Flávio Bolsonaro (PL) em convocar uma vigília na entrada do condomínio onde o pai reside em Brasília já ligou um alerta do STF, resultando em investigações e análises mais aprofundadas, mediante ao histórico que este tipo de prática representou em ações anteriores. Com receio de aglomeração e fuga, o pedido de prisão preventiva foi redigido, e a atitude do ex-presidente em violar a tornozeleira foi o estopim.
Operação silenciosa e eficaz
Com a danificação do item de monitoramento, a Polícia Federal executou o mandado de prisão por volta das 6h da manhã do último sábado, e de forma restrita e sem vazamentos, tanto que nenhuma foto ex-presidente foi capturada durante a detenção. Na sede da PF, Bolsonaro desembarcou pela garagem e só transitou dentro do local, sem ser exposto.
Ainda segundo Daniela, nenhum veículo caracterizado foi utilizado na operação, o que resultou em elogios da direção-geral da PF. Bolsonaro, por sua vez, foi bem tratado e não ofertou resistência, ao ser abordado pelos agentes no interior de sua casa. O COP, inclusive, não precisou agir, e o helicóptero que estava na retaguarda para a operação não foi acionado.
Visita do filho
Nesta terça-feira (25), Flávio Bolsonaro esteve na sede da Polícia Federal realizando visita ao ex-presidente. Na conversa com a imprensa, ele disse que o pai sofreu com crise de soluço de madrugada, algo que tem preocupado a família. Ele fez questão de afirmar que o antigo chefe do Executivo vem sendo bem tratado pelos agentes policiais, mas se mostra inconformado com a prisão preventiva.
