Perícia da Polícia Federal toma nova atitude sobre ação de Bolsonaro antes de ser preso

Ex-presidente se encontra em uma cela especial na sede da Polícia Federal desde o último sábado (22).

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A Polícia Federal dará mais um passo no processo de investigação do caso de violação da tornozeleira, cometido por Jair Bolsonaro (PL). No início desta semana, a perícia concluiu que o ex-presidente utilizou uma fonte de calor para danificar o item de monitoramento, e agora novas análises serão feitas, para apurar mais detalhes.

Na primeira etapa das investigações, o Instituto Nacional de Criminalística constatou que a versão apresentada pelo ex-presidente sobre utilizar um ferro de solda para abrir a tornozeleira coincide com a análise feita. Os peritos constataram a presença de ferro na circunferência do objeto, e que os danos foram provocados por uma fonte de calor.

Agora, neste novo passo, os peritos vão utilizar um ferro de solda no equipamento do mesmo modelo para atestar quanto tempo é necessário para provocar o mesmo tipo de avaria na peça, e identificar mais detalhes sobre o caso. 

Depoimentos divergentes

Em seus relatos, Jair Bolsonaro apresentou declarações distintas acerca do caso de violação da tornozeleira eletrônica. Em um primeiro momento, ele informou que o item de monitoramento foi danificado após esbarrão na escada. Posteriormente, em contato com a diretora-adjunta do Ceim, órgão responsável pelo controle das tornozeleiras, o ex-presidente admitiu ter utilizado um ferro de solda para abrir a tempo do objetivo, a título de curiosamente.

Já na audiência de custódia, o ex-governante disse que tentou abrir a tornozeleira após sofrer um quadro de alucinação, provocado por efeitos colaterais dos medicamentos que vem tomando. Na oportunidade, Bolsonaro disse que no surto, teve a impressão de que o item estivesse com uma escuta. 

Visitas na prisão

Nos últimos dias, Bolsonaro tem reencontrado familiares na Superintendência da Polícia Federal de Brasília. No domingo (23), o ex-presidente recebeu a visita da companheira Michelle. Ontem (25) foi a vez de Flávio e Carlos Bolsonaro marcarem presença no local. Nesta quinta-feira (27), será a vez do caçula Jair Renan rever o pai. 

Todas as visitas que Bolsonaro recebe no regime de prisão preventiva necessita de liberação prévia do Supremo Tribunal Federal (STF), com agendamento de datas e horários. Cada encontro tem duração máxima fixada de 30 minutos.