A analista de política da CNN Brasil, Isabel Mega, afirmou que a situação política de Jair Bolsonaro ficou ainda mais complicada após a prisão. Ela destacou que o ex-presidente está inelegível novamente, o que impede articulações para uma candidatura.
Segundo ela, a sucessão no grupo político ligado ao ex-mandatário se tornou uma dúvida relevante dentro da política brasileira. A decisão judicial recente reforçou que a direita terá um grande desafio para apresentar um nome competitivo em 2026.
A analista apontou que a discussão agora é se o candidato desse campo terá ou não o sobrenome Bolsonaro. Governadores de direita também são considerados possíveis nomes para assumir essa liderança nacional.
Cenário da direita e critérios do Centrão
Isabel Mega citou que interlocutores do Centrão defendem como critério de apoio em 2026 o compromisso com perdão a Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ela observou que essa exigência foi apresentada publicamente pelo senador Ciro Nogueira, presidente do PP.
A analista explicou que a estratégia mostra a busca por conexão direta com o eleitorado bolsonarista. Ela afirmou que esse grupo ainda detém grande peso eleitoral em diferentes regiões do país.
Sucessão e capital político
Segundo Isabel Mega, o Supremo Tribunal Federal decretou a morte política de Jair Bolsonaro ao aplicar inelegibilidade que vai até 2062. Ela informou que, pela lei, ele só poderia voltar a disputar eleições aos 107 anos.
Com isso, a analista aponta que o foco passa a ser a transferência do capital político do ex-presidente para um sucessor. Ela afirmou que a família Bolsonaro terá papel importante nessa escolha, com Flávio Bolsonaro atuando como articulador nas decisões eleitorais futuras.
