Bolsonaro recebe má notícia na prisão em decisão envolvendo filho

Ex-presidente está detido há quase uma semana na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue cumprindo prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal, onde se encontra há quase uma semana. Condenado ao regime fechado por conta da tentativa de golpe de Estado, o ex-governante não terá direito a deixar a prisão no Natal. No atual formato da legislação, o benefício foi cortado para pessoas que cumprem pena em regime fechado. Essa decisão vetando a saidinha, curiosamente, teve o filho dele, Flávio Bolsonaro como relator do projeto no Senado.

Crítico da saidinha, o filho 01 do ex-presidente trabalhou neste projeto em 2025, que foi aprovado pelo Congresso. Diante da PL (14.843/2024), ficou estreitamente proibida a liberação de presos do regime fechado no período natalino e em datas comemorativas. A flexibilidade acontece apenas com presos que estão no semiaberto.

Para Bolsonaro se esquadrar nos moldes da saidinha, ele precisa migrar para o semiaberto, algo que ele atinge tendo cumprido parte da pena, apresentar bom comportamento e passar por avaliação criminológica. Devido ao recente cenário de detenção, é inviável esta possibilidade.

Visitas na prisão

Nesta quinta-feira (27), Jair Bolsonaro reencontrou a esposa Michelle mais uma vez nas dependências da sede da Polícia Federal, em Brasília. O ex-presidente teve direito a apenas 30 minutos de contato com a companheira, algo que a ex-primeira-dama se queixou nas redes sociais.

Logo após ter visto Michelle pela segunda vez, o ex-presidente reencontrou o filho Jair Renan, vereador na cidade de Balneário Camboriú (SC). O jovem, na saída do local, conversou rapidamente com a imprensa, relatando que o pai está inconformado com a detenção. Ele disse ter buscado conversar de outros assuntos para entretê-lo.

Drone da Globo e a polêmica

Nesta semana, o Jornal Nacional divulgou imagens capturadas por um drone, onde o deputado federal Nikolas Ferreira aparece visitando Bolsonaro, antes da prisão preventiva, fazendo uso de um celular, algo que o STF já havia determinado como proibido. O ministro Alexandre de Moraes determinou um prazo de 24h para que a defesa de Bolsonaro se pronunciasse.

No manifesto, os advogados afirmaram que o ex-presidente, em nenhum momento, teve contato com o aparelho do deputado. O próprio parlamentar rebateu o tema e criticou a ação da Globo, classificando-a como violação de privacidade. O encontro dos dois ocorreu na última sexta-feira (21), na véspera da prisão de Bolsonaro.