O senador Flávio Bolsonaro (PL) retomou críticas severas às condições de detenção do ex-presidente Jair Bolsonaro na superintendência da Polícia Federal em Brasília, alegando que seu pai estaria sendo tratado de forma mais precária do que um traficante e vivenciando um verdadeiro sequestro. Durante entrevista concedida ao Flow News, o senador reforçou seu descontentamento com o ministro Alexandre de Moraes, responsável por determinar a prisão preventiva do ex-presidente. No decorrer da conversa, Flávio Bolsonaro escalou o tom contra o que ele descreveu como abusos do Poder Judiciário e defendeu energicamente a aprovação de um projeto de anistia para os indivíduos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
O senador relatou a dificuldade da família em obter informações detalhadas sobre a saúde de Jair Bolsonaro, que sofre de refluxo, condição agravada pela facada de 2018. Ele mencionou que a família é informada de maneira muito genérica, com as notícias chegando através de um parente de Michelle Bolsonaro que leva as refeições.
Prisão sob restrição
Flávio Bolsonaro também criticou a restrição de visitas, permitindo-lhe apenas 30 minutos por semana, o que ele equiparou a estar em um cativeiro. A respeito do uso da tornozeleira eletrônica, o senador argumentou que o ex-presidente estava sob o efeito de medicações que provocavam paranoia e descoordenação, o que refutaria a alegação de uma tentativa de fuga.
O senador Flávio Bolsonaro também destacou a influência de intensas pressões externas contra a proposta de anistia. Ele afirmou que: “Claramente tem um fator externo estranho ao Congresso Nacional” e que tal movimento: “é lógico que vem do outro lado da Praça dos Três Poderes”. Embora não tenha nomeado ninguém diretamente, ele vinculou a resistência ao ministro Alexandre de Moraes, a quem se referiu como: “o grande articulador para a gente chegar até esse ponto”.
E a eleição ano que vem?
Analisando o cenário político para 2026, o senador desvalorizou as possíveis disputas internas entre figuras da direita, assegurando que será Jair Bolsonaro quem definirá o candidato. Ele expressou confiança de que: “o Lula não vai ser mais presidente do Brasil em 2027″, defendendo a manutenção da polarização política. Flávio também rejeitou comparações com seu irmão, Eduardo Bolsonaro, dizendo que: “todo mundo que tentou ser Jair Bolsonaro… só se ferra”, pois o ex-presidente possui uma legitimidade.
