O lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano terminou de forma frustrada na noite desta segunda-feira (22), no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Pouco após deixar a plataforma, a aeronave sofreu uma explosão que formou uma intensa nuvem de fogo, chamando a atenção de equipes e especialistas do setor espacial.
De acordo com informações divulgadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), o foguete iniciou sua trajetória exatamente como o planejado. No entanto, uma anomalia técnica foi identificada durante o voo, fazendo com que o veículo perdesse estabilidade e colidisse com o solo, interrompendo a missão poucos segundos após a decolagem.
Análise na área de destroços do foguete
A FAB informou ainda que equipes especializadas, junto ao Corpo de Bombeiros do Centro de Lançamento de Alcântara, foram enviadas imediatamente ao local. Os trabalhos incluem análise dos destroços, avaliação da área de impacto e coleta de dados, seguindo protocolos internacionais de segurança e rastreamento do setor aeroespacial.
Apesar do insucesso, especialistas destacam que falhas em lançamentos de novos foguetes são relativamente comuns, especialmente em projetos inovadores. O voo do HANBIT-Nano seria histórico por marcar o primeiro lançamento de um foguete orbital a partir do território brasileiro, reforçando o potencial estratégico de Alcântara.
Brasil já foi cenário de tragédia há mais de 20 anos
A missão também simboliza uma parceria inédita entre o Brasil e uma empresa privada estrangeira. O país não realizava uma tentativa de lançamento orbital desde 1999, e ainda carrega o trauma do acidente de 2003, quando uma explosão no solo causou a morte de 21 pessoas e paralisou o programa espacial por anos.
