O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (24), e seguiu diretamente para o Hospital DF Star, onde foi internado para tratar uma hérnia inguinal bilateral. A saída ocorreu por volta das 9h30, com chegada ao hospital poucos minutos depois, sob forte escolta policial e sem contato com o público.
A internação ocorre sob um esquema rígido de segurança determinado pela Justiça. A Polícia Federal mantém vigilância ininterrupta, com pelo menos dois agentes posicionados permanentemente na entrada do quarto. O acesso é controlado, e celulares ou aparelhos eletrônicos estão proibidos, com exceção de equipamentos médicos indispensáveis ao tratamento.
Hospital vigiado e visitas sob controle judicial
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu autorização para acompanhar o ex-presidente durante todo o período de internação. No entanto, outros familiares só poderão visitá-lo mediante decisão judicial específica. A defesa solicitou a liberação da entrada dos filhos Flávio e Carlos Bolsonaro, mas o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Antes da cirurgia, marcada para a manhã de quinta-feira, dia de Natal, Bolsonaro será submetido a uma bateria de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. O procedimento deve durar entre três e quatro horas, e a equipe médica informou que divulgará boletins diários sobre o estado de saúde e a recuperação do paciente.
Moraes endurece o recado: pena segue intacta
Apesar da autorização para o tratamento hospitalar, Alexandre de Moraes destacou que a medida não interfere no cumprimento da pena de 27 anos e três meses imposta ao ex-presidente por tentativa de golpe de Estado. A previsão é de que Bolsonaro permaneça internado entre cinco e sete dias, em acompanhamento pós-operatório, antes de regressar à custódia.
