A cirurgia a qual o ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido nesta quinta-feira, 25 dia de Natal, é considerada de baixo risco e amplamente conhecida pela medicina. A avaliação é do cirurgião-geral Claudio Birolini, que acompanha o ex-presidente e falou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo ele, trata-se de um procedimento padronizado, com menor risco de complicações, apesar de envolver cuidados específicos.
De acordo com Birolini, a intervenção, chamada de herniorrafia inguinal, deve durar entre três e quatro horas. O médico ressaltou que toda cirurgia é complexa, mas destacou que esta será significativamente mais simples do que a realizada em abril. “É muito mais simples por se tratar de um procedimento padronizado e realizado de forma eletiva”, afirmou.
STF autoriza internação e exames antecedem cirurgia
Na terça-feira, 23, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a internação de Bolsonaro no Hospital DF Star, em Brasília. A expectativa é que o ex-presidente deixe as dependências da Polícia Federal ainda na manhã desta quarta-feira, dando início ao preparo pré-operatório, que inclui exames clínicos e laboratoriais.
Pessoas próximas ao ex-presidente informaram que todos os procedimentos preparatórios devem ser concluídos antes da cirurgia, marcada para a manhã seguinte. A equipe médica acompanha de perto o quadro para garantir segurança durante a intervenção, considerada eletiva e planejada.
Entenda o que é hérnia inguinal bilateral e como funciona a cirurgia
A hérnia ocorre quando há uma fragilidade na parede abdominal ou pélvica, permitindo que tecidos internos, como alças intestinais, ultrapassem essa barreira, formando um inchaço visível e, muitas vezes, doloroso. Quando surge na região da virilha, recebe o nome de hérnia inguinal, sendo classificada como bilateral quando afeta ambos os lados.
Segundo explicou ao Estadão o médico Paulo Barros, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o procedimento consiste em reposicionar os tecidos e reforçar a área com uma tela de polipropileno. A cirurgia pode ser feita de forma aberta ou por laparoscopia, com pequenas incisões e auxílio de câmera, com ou sem tecnologia robótica.
