O senador Flávio Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, leu na manhã desta quinta-feira (25) uma carta escrita por Jair Bolsonaro antes da cirurgia para retirada de hérnia à qual o ex-presidente será submetido. Segundo aliados, o procedimento deve durar cerca de quatro horas e ocorre em meio a um momento delicado de saúde e reorganização política da família Bolsonaro.
De acordo com Flávio, o texto foi redigido no dia 23 de dezembro, mas Jair Bolsonaro pediu que sua divulgação fosse feita apenas nesta quinta-feira. Na mensagem, o ex-presidente relata o custo pessoal de sua trajetória política e afirma: “Ao longo da minha vida, enfrentei duras batalhas, pagando um preço alto na minha saúde e na minha família para defender aquilo que acredito ser o melhor para o Brasil”.
Indicação direta e discurso de injustiça
Na sequência, Bolsonaro afirma que a decisão de indicar o filho ocorre em um ambiente de perseguição política. Em sua fala ele afirmou que entregará o que há de mais importante em sua vida, o próprio filho em prol de um suposto ‘resgate do país’.
O ex-presidente sustenta que a escolha é legítima e estratégica e classificou a sua decisão como uma forma legítima e consciente para dar suporte e atender os anseios de seus apoiadores político-partidários e eleitores mais conservadores.
Continuidade do projeto e apelo religioso
Bolsonaro também associa a indicação à manutenção de seu projeto político. A carta terminou com uma mensagem religiosa direcionada ao filho e um pedido a Deus que abençoe e capacite a liderança de Flávio para atender uma corrente de milhões de brasileiros.
